domingo, 15 de março de 2009

AMARU PUMAC KUNTUR

Sàbado à noite em Cusco (PERU). Eu e meu amigo Carlos, cansados, apòs uma jornada de 10 horas, entre idas e vindas de trens, para conhecer a cidade sagrada de Macchu Picchu, fomos conhecer como se divertiam os cusquenhos.

Dois dias antes, fomos ao cultuado Mama Africa, onde cerveja e drinks bem caros embebem os gringos que se comem entre si, ao som de velhos hits que jà hà muito tempo gastam os ouvidos dos terràqueos.

Ali, os locais, timidos, sao estrangeiros em sua proria terra.

Ontem, por sua vez, fomos procurar o que ocorria de diferente. Seria terrìvel embalar mais uma noite ao som de mùsica de formatura.

A primeira parada foi numa balada aconchegante, com um belo balcao e um bar central, repleto de conhecidos licores. Do teto pendiam baldes, que faziam as vezes de luminaria.

Haviam mesas por todos os lados, apinhadas de ticas e ticos rojos, bem lavados, cabelos escovados, em jaquetas e trajes de festa, que fumavam cigarros atràs de cigarros, frenèticos, conversando alto, rindo, que ignoravam a nossa presença branca, como em qualquer casa da Vila Madalena, mas muito diferente do que o destino nos traria uma hora depois.

Nao me lembro o nome deste local. Nada importante, tambèm. Là se podia ouvir os borrachos tocando um rock n roll meloso, com alguma graça virgem, mas que empolgavam apenas os dedos que inevitavelmente marcavam o ritmo, e um fa clube local, que fixou acampamento ao lado do palco.

Contudo, a grande surpresa surgiu ao sairmos de là. Acordes pesados, flautas, uma percussao louca e berros felizes roubaram nossa atençao. Oe! uh!

O som vinha do segundo andar daquela que parecia uma taberna de tempos remotos. Em Cusco, para entrar nas baladas nao è precisa pagar, alias, nao cobram nem couver, por isso, deixamos aquela boa musica nos carregar para o seu interior.

A porta baixa, nos obrigava a se curvar bem para entrar. Talvez, a reverencia obrigatoria ao ritual xamanico que logo nos envolveria.

- Holà!
- Holà!

A entrada para o mundo màgico ficava ao fundo do local taciturno. Uma escada levava ao piso superior: a huaca onde 30 pessoas se espremiam para festejar o sàbado.

Nem Macchu Picchu, me aqueceu a verve para para escrever. Foi rapido, e fantastico. A felicidade de estar em translaçao.

A cena: rastafaris, louros barbados, maradonas enfarinhados, mulheres em transe entrelaçando-se dançavam ao som de 7 ìndios condores que se misturavam ao publico com seus batuques andinos.

Uma guitarra e um baixo marcavam a intensidade crua do Amuru Pumac Kuntur. Os brujos que comadavam o ritual.

Mas falamos de atitude rock n roll, força, celebraçao a dionìsio; num som envolto do segredo peruano, com acordes de charango e em flautas de pau, gritos selvagens, que tragavam todos daquela sala para uma mata escura e perigosa.

Aqui duas amostras que encontrei no youtube, contudo, fico devendo o show que vimos ontem. Demais!


http://www.youtube.com/watch?v=KabryuuJcGE

http://www.youtube.com/watch?v=mM5eUH_fS9Q&feature=related


PURA VIDA, AMIGO!

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