terça-feira, 29 de junho de 2010
dilema da aspônia
a corrida eleitoral teve sua largada queimada pelo Rei-Vizir Lula, que com muito jeitinho vem pagando as multas aplicadas pelo TSE, a cada pé fora da lei e outro no cartaz de Dilma Roussef. A estratégia decalque deu certo: antecipar a movimentação levou a candidata do PT à linha de início do embate com um surpreendente nariz a frente de seu principal adversário. agora, o candidato do PSDB depende de novidades para crescer. e pouco são os adesivos colados no barco de sua campanha. no início, uma aliança com Marina Silva pra vice-presidente e possível ministra do Meio, deixaria sem manta os pés da candidatura situacionista. A senhoura Avatar foi uma das pedras no sapato do mandarinato atual. E o pessedebista teria um assunto pra tratar, além do 'pós-Lula'. Contudo, como acredito, o ex-governador de SP José Serra veio pra ocupar a vaga de imperador, e ele deseja ser todos os papeis, o graal, o vice e o bobo - ele cobiça a estrutura que sustenta o trono erguido pelo rei crustáceo, e só pensa em sentar ali. Com um currículo de mil páginas bem ajeitadas em espiral debaixo do braço, dá a impressão de ser um super-candidato, mas seus movimentos pré-eleitorais lembram a ansiedade de um recé-formado na arte. espero que ele já tenha superado a fase do "já ganhou". a questão que intriga é o que oferece em troca o Democratas para serem vice do Serra. A vice-presidência carrega o cedro da Aspônia, a força fantasma que assombra a política do Brasil. O cargo é muito irrelevante, e esse partido está na beira de cair na irrelevância. Parecem feitos um para o outro. Sob essa perspectiva, Michel Temer, no outro corner, é perfeito. Mas, quem quer ser o aspone do tucano?
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