sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E NÃO É QUE....


Para especialistas, é erro comparar PT ao PRI
"A comparação do PRI (Partido Revolucionário Institucional, do México, que ficou sete décadas no poder) com o PT é imprópria, afirmam cientistas políticos e historiadores ouvidos pela Folha."

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a seguir, texto escrito na calada da onça, em 1° de setembro, de 2010

Piriri Eleitoral

>>>É de se estranhar a pitada desonesta e alarmista depositada pelo sério cientista político Simon Lamounir no artigo "A Mexicanização em marcha", publicado no último dia 24 de agosto, no jornal O Estado de S.Paulo, no qual por muito pouco não criminaliza os lances políticos utilizados pelo presidente Lula e seus camicazes, para derrotar a apática oposição nas eleições desse ano. Seu alerta traz à balança da mente de quem pensa a manobra suja a qual colocou Regininha Duarte no programa de TV dos tucanos, dizendo ter medo da língua-presa do PT, no poder. Houve na época ainda o motim das bolsas de valores, com ameaças de um desconhecido risco Brasil ir para as alturas, dentre outros atos terroristas. O que só ajudou a colocar a pena e o papel na mão do candidato do PT, que rapidamente assinou a Carta aos Brasileiros de 2002, e encerrou o tópico. E venceu o pleito.

>>>O velho acadêmico deixa de se questionar sobre a possibilidade do mesmo cenário político ocorrer com o PSDB, em 2002, quando perdeu a eleição para o governo atual. O partido também possuía a intenção de governar, por 16 anos ou mais, nossa nação. E sua aliança com o PFL e PMDB não era tão diferente do elã entre PT e o PMDB de agora. No sub texto, o artigo chega a vestir uma patética pele de cordeirinho ferido nos possíveis perdedores em outubro, o lastro PSDB-DEM-PPS.

>>>O artigo de Simon se articula com o editorial publicado pelo diário no mesmo dia, o qual imputa os erros pelo eminente “fim” da oposição aos péssimos movimentos dos tucanos e democratas, na corrida eleitoral e ao longo do mandato do senhor Lula. Como sempre, o editorial do Estadão, ainda que duro ou taxado de moralista e carola, é pontual e correto em expor seu ponto de vista, sem alardismos inúteis e falta de contexto. Mas, na página ao lado..., Lamounier não lembra seus leitores de que, no período FHC, o Partido dos Trabalhadores era de médio porte e muito barulhento, mas seus berros pouco surtiam efeito contra a parede formada pelos vencedores de então. O PSDB, ainda que derrotado em 2002, teve diversas situações para exterminar o PT. O qual se desmantelou para proteger seu principal líder, em decorrência da fissura aberta pelo gogó do cantor e Deputado Robby Jeferson. O PSDB, na mesma situação, teria força para isso? Eles não protegeram o legado de Fernando Henrique Cardoso, na sequência.

>>>As lamúrias do cientista tem sua validade enquanto opinião, e assim descartável, afinal, somente a passagem do tempo confirmará o aparição por cá do mito “PRI” – partido que governou o México por 21 anos, e utilizado por Simon em comparação ao consórcio PT-PMDB, caso este vença a disputa, e governe o país por mais quatro ou oito anos; para o ex-docente da FGV, essa vitória representará a criação de um governo autoritário, dominador e eterno, o qual exterminou sua oposição com atitudes sórdidas, que chegaram a apagar a história construída por seu antecessor. Você sentiu um calafrio? Quem disse que não lembra o que escreveu na história foi quem fumou e não tragou; e o Partido da Social Democracia ainda deu um jeito de jogar mais areia na caixinha do gato. Não é culpa do PT, a cagada do tucano.

>>>Simon não fez só minhas pernas tremerem com suas afirmações, como minha barriga doer tamanha a piada que conta ao leitor. Ele descreve até o surgimento de uma moléstia, diagnosticada como chavismum brancun que pode tomar o país, logo após a entrega da faixa presidencial à senhora Dilma Rousseff. Agora mais esse fungo, para confundir-se aos desbotados e eternos criminosos do colarinho, dos quais o PSDB não conseguiu se desvencilhar para enfim cortar a cabeça do Rei, quando teve a oportunidade, na tragicomédia “Mensalão”.

>>>O PT não está em situação diferente do rival paulista. Lula não deixou terreno fértil para que novas lideranças surjam, e apenas se fortaleceu nas velhas ervas-daninhas do patronato nacional. O que lembra donde se fortaleceu a ditadura militar quando acossou seus cidadãos por 40 anos, e seus sucessores democratas. Agora, você sentiu o calafrio? Contudo, não duvido de que todo dia a confiança entre PT e PMDB precise ser reforçada, como se amanhecesse sempre do zero. A chapa do senhor presidente tocará os próximo quatro a um triz de ruir. E o PMDB não pensará duas vezes em tirar suas cartas da mesa, caso não esteja satisfeito com o serviço.

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