quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

UM CORPO NO OCIDENTE


viver à sorte do pensamento
das pressões próprias
que soam os alertas
nos confusos barômetros
da cabeça - dor aguda
- quem pode viver assim?
.
em baixo
em cima
um segundo sim
noutro segundo não
um cem número de talvezes
para desanuviar a dúvida
qualquer dúvida.
.
não lhe serve olhar os céus
onde só existe um tempo
indecifrável em seus sinais
ora nos promete angustia
ora nos promete o prazer
da visão&esperança
.
fé/deslumbre/desespero/
angústia
o relógio/os outros/a repetição/
o medo
.
e na consciência apenas você
tramando vinganças particulares;
desassossegos; um sumiço por aí
.
uma hipnótica sugestão
repetida forma errada de pensar
- e adoecemos antes de receber
.
quem nos abraçará depois?
o que fica para o álbum da família?
um ser retorcido no caixote da morte
ou rendido no seio amoroso da admiração
.
.
sou só alucinação
ou não mereço a realidade
.
?

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