segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CAMINHO VERDE

MARINA SILVA, ENTREVISTADA




O senhor Onça mal olha para as eleições desse ano. Ele já se decidiu pela continuação dos mandatários que aí estão. Nada pior para vida dele, presumo. Mas como todo velho, prefere a teimosia infantil de não querer mudanças efetivas e querer a ordem - uma contradição, levando-se em conta o aloprado cenário atual. A Ditadura não moralizou o Estado brasileiro, apenas reiterou a monárquica maneira que ainda permeia os movimentos políticos, com coronéis e belzebus, sustentando no laço o vício corrupto e a governabilidade. O mandarinato atual passou longe do que se pretendia em termos de moralização do ambiente político, o qual bradava histérico quando na oposição. Um jogo maléfico, mesmo com toda a inflada ascensão social que vemos. Hoje, novamente, a candidata Marina Silva trouxe um respiro, e alívio, para quem ainda é jovem e pensa que um dia será velho. Os jovens consideram a candidata como a melhor escolha: por ter o planejamento estratégico, a visão e o espírito contemporâneo em sua proposta de governo. Eu caio nessa. A revolução dos gerentes foi uma porcaria, só trouxe pessoas ao poder que baseiam suas políticas públicas em planilhas e porcentagens, deixando de ver a realidade com alguma sensibilidade e destreza. Além do que, preferiram o sexo dos velhos, com muito pílula azul, à mudança séria e com ética. Marina foi muito contundente e me agradou bastante na entrevista concedida hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, na TV Globo. Ela bateu nessa tecla, e nos deu alguma certeza de que tentará esquivar dos chantagistas da república, com os melhores homens: claro, um papo um tanto aristocrático, mas foge a demagogia social do senhor Lula e do plutocracia que manda recados por meio de cadernos especiais em jornais: amanhã será um outro dia, SIM!, senhor Luiz Carlos Trabuco Cappi, e que não me venha bagunçar a nossa vida com terrorismos e ditaduras. Os juros em alta ainda estão garantindo o seu caviar. (*) Mas voltando... Ainda falta à candidata, bem como ao senhor José Serra e a senhorita Dilma Rousseff, falarem mais sobre o "o que fazer" e onde serão realizadas as cirurgias para retirar o tumor maligno da corrupção, que segundo a chapa verde, abocanha 5% do PIB brasileiro. Eu confio na senhora Silva, apesar de desconfiar de seu Partido Verde, ela está rodeada por pessoas que não brincam em serviço, como o senhor José Eli da Veiga, o vice Guilherme Leal, o professor da FGV Paulo Sandroni e o filósofo do Ibemec Eduardo Gianetti da Fonseca, além do apoio de boa parte da classe artística e da embelezadora empresarial, o Instituto Ethos. É uma aposta.

(*) o caderno sobre democracia publicado no Estado de São Paul0, no último dia 13, contou com patrocínio do Bradesco, e trouxe textos comentando a política nacional com o verniz terrorista de sempre. Tratando nosso povo de imaturo. O banco em questão é presidido pelo senhor citado. Uma lástima.

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